A manhã estava clara, o sol brilhava forte. Ela sempre amou aquele calor na pele então preferiu uma blusa regata e um short jeans bem curto. Calçou os chinelos velhos e saiu de casa as cinco da manhã sem nada além das roupas. Colocou as mãos no bolso e caminhou pela calçada observando dona Marília sair com o lixo e cumprimentou-a como todos os dias. Continuou sem percurso. Viu os trabalhadores saindo. Ela morava naquela cidade desde que nascera. Na mesma casa de sempre e por isso via sempre as mesmas pessoas, fazendo o mesmo caminho para os mesmos lugares. Continuou subindo a rua, virando aqui e ali. Parou em cima da ponte e observou o rio que corria lá em baixo. Sujo e fedido. naquele horário, muitos carros passavam naquela ponte, era o que ligava a cidade inteiro. Subiu. E pulou. Letícia Pontes
O que guardei para dizer em textos