
Bateram na porta o final de semana todo. Hora era carteiro, hora o vizinho do lado, hora era um amigo ou alguma instituição religiosa. Não abriu nenhuma vez. Vagava de cômodo e cômodo cabisbaixa e sem ânimo de abrir as janelas. Pensava sobre tudo ao mesmo tempo que não resolvia nada.Era adulta, precisava agir como uma adulta. Mas a sua vontade era de voltar a ser um feto. Começar do zero, deixar tantos erros cometidos para trás. Como aquilo não era possível, ela precisava lidar com todos seus erros tolos, palavras ditas da boca para fora que foram ouvidas do coração para dentro. talvez agora fosse tarde demais para ser perdoada. Mais uma vez estava aprendendo a lição quando já era tarde demais.
-Letícia Pontes
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